terça-feira, 21 de julho de 2015

Pai e Filho...

Quando olho para trás vejo um caminho tortuoso e cheio de falhas, justamente pelas lembranças que infelizmente em algumas fases da vida não são possíveis serem relembradas ou que não existiram pela ausência de um pai que não pode está perto devido Deus ter outros planos para ele. No entanto, quando fecho os olhos e concentro minha atenção naquilo que vivi e não recordo, consigo de alguma forma criar imagens e dar sentido a pessoa que eu sou e que foi formada pelos vários momentos que estão no inconsciente mas que de alguma forma podem ser sentido.


Hoje, é de se imaginar que os filhos possam está passando por esta fase que futuramente não fará sentido e se tornara para eles um caminho tortuoso e cheio de falhas de lembranças não recordadas conscientemente. De que forma então fazer com que essas lembranças sejam vividas em um momento futuro destes pequenos que vivem a vida como uma aventura diária sem compreender a diversidade de informação que aparece todos os dias à sua frente durante seus momentos aventura.


Como pai aprendo a cada dia que este processo de maturação do filho é a fonte de sustentabilidade de seu mundo imaginário de coisas que eu jamais poderei compreender sendo adulto. Que é necessário deixar a criança interior tomar de conta do seu corpo e ir experimentar uma vez mais a melhor das fases da vida: a infância. Viver e não ter vergonha de ser tachado de moleque, infantil, ou que não mudou nada e continua sendo o mesmo crianção de sempre, que brinca, sorrir, se diverte e faz seu filho o ver como pai, herói, amigo em quem possa confiar.


Pais e filhos precisam antes de tudo de uma relação de respeito em que ambos compreendam que respeito não é medo, e que o medo não deve existir na relação dos dois. Deve-se saber que o amor é verdadeiro e as vezes será necessário corrigir para não deixar passar. Para o pai a paciência e o bom senso para saber como corrigir e para o filho a compreensão para entender a necessidade da correção.



Quando assim conseguirmos viver e assim aos poucos, passo a passo formos apresentado os valores sociais e morais realmente precisos, conseguiremos também mudar nosso ambiente familiar e logo termos uma família reflexo da família sagrada.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ÚLTIMO POST - "Poema de um Grande Amigo"


Termino meu último poema, mais uma vez é para ela. Coloco-o contra a luz que entra pela janela. Lá fora vejo muitos iguais a ela. É onde entra meu desespero, como vou conseguir fugir, escapar dessa decisão que me cega? Lembro que há alguns dias eu já venho preparando minha partida, pra longe desse mundo, a procura de um lugar, onde possa me encontrar. 
Permaneço nos mesmos erros, encontro sempre os mesmos, choro como sempre.Com uma síndrome de Cireneu eu sigo carregando não só a minha, como também a cruz dos outros. Meu fardo pesa.

Resolvo parar de escrever, meus dedos já doem. Já não quero ser mais visto, quero viver de encontros casuais, que não pretendo me esforçar para acontecer. Vou arrumar minha mala, levarei comigo pouca coisa. 

Escova de dentes, um sabonete, três camisas, uma calça jeans e tênis. Vou a pé mesmo, não estou com muita pressa pra chegar aonde estou indo.

Meus cadernos ficarão para trás, junto com um monte de livros. Deixarei pra trás também meu coração, que um dia dei para ela e por vergonha não irei pedi-lo de volta. Digo adeus para o nada, como sempre estou sozinho, trancado num quarto onde tudo está jogado. Me despeço das paredes que por muito tempo foram meus ouvintes.

Aplaudiram quando cantei, choraram quando recitei e me abraçaram quando precisei. Logo elas, pálidas e sem vida.

É uma despedida não muito feliz, como se fosse a morte do coadjuvante no final do filme. É como um BBB a cada nova edição. É como dia de ontem que já passou.

Eu fui, não sabia que o final seria assim. Sempre fui otimista em relação ao fim, a Disney me alienou por anos. O Chaves também.Tchau.Rafael Vaz