quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

"Auto-organização estudantil: Desafios e Perspectivas do Tempo Comunidade".

No dia 25 de Janeiro de 2017 foi realizado pelo Centro Acadêmico dos Estudantes da Educação do Campo - CAEC  no auditório do Campus I da Unifesspa, o II Encontro dos Estudantes da Educação do Campo com o tema: "Auto-organização estudantil: Desafios e Perspectivas do Tempo Comunidade", que contou com a presença de mais de 100 participantes entre estudantes e professores e que teve como objetivo geral "debater sobre as dificuldades e possibilidades que o tempo comunidade oferece, além de socializar algumas experiencias acerca dos trabalhos realizados, promovendo espaços de organização estudantil dentro e fora da universidade".

Pela manhã foi realizado uma mística inicial com a leitura da poesia abaixo e ressaltando a posição contrária a grandes projetos e medidas políticas que foram tomados pelo atual (des) governo do presidente ilegítimo Michel Temer e toda a sua bancada legislativa como a Pec55, a Medida Provisória do EM e etc, que ferem os direitos conquistados com muita garra e suor ao longo de décadas por trabalhadores e movimentos sociais populares da cidade e do campo.

Um país que crianças elimina;
E não ouve o clamor dos esquecidos;
Onde nunca os humildes são ouvidos;
E uma elite sem Deus é que domina;
Que permite um estupro em cada esquina;
E a certeza da dúvida infeliz;
Onde quem tem razão passa a servis;
E maltratam o negro e a mulher;
Pode ser o país de quem quiser;
Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país onde as leis são descartáveis;
Por ausência de códigos corretos;
Com noventa milhões de analfabetos;
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez,
Nem diretriz;
Mas corruptos têm voz,
Têm vez,
Têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum;
Pode ser o país de qualquer um;
Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina;
E a Ciência e a Arte não respeita;
Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;
Um país onde a Escola não ensina;
E o Hospital não dispõe de Raios X;
Onde o povo da vila só é feliz;
Quando tem água de chuva e luz de sol;
Pode ser o país do futebol;
Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que é doente;
Não se cura;
Quer ficar sempre no terceiro mundo;
Que do poço fatal chegou ao fundo;
Sem saber emergir da noite escura;
Um país que perdeu a compostura;
Atendendo a políticos sutis;
Que dividem o Brasil em mil brasis;
Para melhor assaltar, de ponta a ponta;
Pode ser um país de faz de conta;
Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que perdeu a identidade;
Sepultou o idioma Português;
Aprendeu a falar pornô e Inglês;
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade;
De saber o que pensa e o que diz;
E não sabe curar a cicatriz;
Desse povo tão bom que vive mal;
Pode ser o país do carnaval;
Mas não é, com certeza, o meu país!

Composição: João de Almeida Neto
Enviada por Amanda

Mistica de abertura
Mistica de abertura
Mistica de abertura


Mistica de abertura

Após a mística inicial foi dado abertura ao encontro sob a coordenação do discente da turma LPEC 2015 Allan, e em seguida uma fala de boas vindas da Reitoria Maurílio de Abreu e Idelma Santiago que falaram um pouco sobre a percepção da falta de espaços de sociabilidade no Campo para a juventude e da importância da juventude ser protagonistas nas experiências socioeducativas no campo; e ainda sobre a ideia que se espalha mundo afora de negação do projeto humanista desenvolvidos principalmente pelos movimentos populares que são condenados  por ser o outro, por ser "diferente", por ser o outro, o "estranho" por ser diverso e fugir dos padrões sociais e do senso comum.
Reitoria durante a abertura


LUTAS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Em seguida, o professor Haroldo Sousa, contribuiu com a Análise de Conjuntura sobre as Lutas e Desafios da Educação do Campo. Dessa forma enfatizou três pontos para análise
* o atual cenário político que expressa acontecimentos do ponto de vista histórico e processos sociopolíticos que se materializaram no processo de impeachment, que por sua vez foi refletido nas eleições municipais em todo o país, onde a "esquerda" foi massacrada.
Diante deste cenário o professor fez alguns questionamentos sobre como os atuais governos nas diversas esferas do estado conseguiram chegar onde estão?? porque a direita conseguiu se erguer sobre a esquerda de forma massacrante???
* como se expressa a questão agrária nas várias esferas do estado.
* como a Educação do Campo se posiciona dentro destas questões impostas e condicionadas???
Haroldo Souza durante análise de conjuntura
Discente Rosa - momento de debate
Em sua análise enfatizou a realização destes questionamentos para provocar o debate acerca dos pontos apresentados, para em seguida, abrir espaço para o público que realizou suas ponderações sobre a necessária organização estudantil e a necessidade de uma massa que esteja pronta para atuar e protagonizar a luta para que nenhum direito seja expropriação ou roubado na "cara dura" por quem na teoria diz ser nossos representantes e atender nossos interesses, mas na prática representam e atendem os interesses apenas de grandes empresas nacionais, multinacionais e grandes empreendedores e seu modelo de desenvolvimento baseado na exploração dos recursos naturais de diversos territórios, sem levar em conta a existência de uma diversidade de povos que vivem e dependem diretamente da floresta e da terra, usando o discurso do "progresso" e crescimento econômico, em que nós que fazemos parte destes povos não estamos inseridos. Ao final foi realizado os agradecimentos ao professor.

DESAFIOS E PERSPECTIVAS DO TEMPO COMUNIDADE 

Os estudantes discentes: Mônica Vasconcelos e Ronivon Ribeiro fizeram uma breve exposição sobre os desafios enfrentados pelos discentes do curso para desenvolver as atividades curriculares do tempo comunidade e as perspectivas tanto do curso, quanto dos estudantes e da comunidade com a execução destes trabalhos.

Discentes Ronivon e Mônica
Discente Naélia - contribuição

Discente Kalynne - contribuição

Agradecimentos

No período da tarde aconteceu a Socialização do Encontro Nacional dos Estudantes da Educação do campo, pelos estudantes Jéssica Campelo e Joelson de Sousa.

Em seguida, foram encaminhados "rodas de conversa"sobre:
* auto-organização estudantil estrategias e permanência na universidade;
* participação dos estudantes na universidade;
* a importância do tempo-comunidade;


Roda de conversa sobre a participação dos estudantes na universidade;

Roda de conversa sobre a importância do tempo-comunidade;

Roda de conversa sobre a auto-organização estudantil estrategias e permanência na universidade;

Após o termino das discussões realizadas nas rodas de conversas, foram socializadas as estratégias e propostas discutidas e debatidas diante das temáticas propostas, em seguida foram realizados os agradecimentos finais, sorteio de livros para os estudantes das turmas que estavam presentes e encerramento com leitura e assinatura da ata.

imagens: discentes da FECAMPO.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Enem e a inversão de valores da sociedade brasileira


Vivemos num país em que aprendemos desde cedo que Portugal “Descobriu” o Brasil. Dando a entender que os primeiros moradores – pelo menos os que temos notícias – nada eram, nada faziam.
Vivemos num país em que a escravidão de seres humanos foi legalizada durante quase 400 anos e até hoje causa reflexos na desigualdade social.


Vivemos num país onde muitas praças, ruas e escolas carregam placas com nomes de militares que mataram e torturaram brasileiros; ou nomes de pecuaristas e empresários que sempre se alimentaram do trabalho escravo e degradante.


Vivemos num país em que o ensino religioso nos faz saber desde cedo que o homem é a cabeça da família e a mulher – criada a partir da costela do homem – é sua companheira, auxiliadora; ou mesmo uma propriedade, como bem explícito no Livro de Êxodo.

Vivemos num país em que os sociólogos e suas teorias “furadas” são facilmente substituídos pelo senso comum das conversas de bar, sob o novo “argumento” reacionário chamado de “minha opinião”.

Vivemos num país em que os defensores de direitos humanos – capazes de arriscar a vida por aqueles que não são amparados nem pelo Estado nem por advogados particulares – são chamados de defensores de bandidos.

Vivemos num país onde negros cotistas são tratados como subclasse dentro das próprias universidades onde estudam.

Vivemos num país onde a mulher que cria um filho sozinha é “mal vista” pela sociedade, ao passo em que o pai solteiro é símbolo de homem responsável.

Vivemos num país onde a mulher que aborta é demonizada, mas ninguém quer saber quem era o pai daquele feto que foi parar no lixo.
Vivemos num país em que as mulheres ganham salários bem inferiores aos dos homens, exercendo as mesmas funções.

Enfim, vivemos num país em que nossos valores monolíticos têm amordaçado, historicamente, a voz dos oprimidos, dos ofendidos, dos humilhados, dos invisíveis, dos “Ninguéns” (como diria Eduardo Galeano).

Vivemos num país onde o machismo, o preconceito, o racismo, a concentração de renda e de poder político são marcas estruturais da sociedade.

Aí, depois de mais de 500 anos de submissão a esses valores, num belo final de semana, o Enem trás à tona uma pequena amostra do quanto os tais valores atrasam nossa sociedade. Bastou isso para a horda de reacionários de plantão soltar rancor pelas narinas e bradar que existe uma “inversão de valores na sociedade brasileira”.

Que bom que há! Ou pelo menos que começa a existir um movimento que tenta mesmo inverter esses valores. Já estava passando da hora disso acontecer.

Mas ainda é pouco. E sabe por que é pouco? Porque ainda temos que explicar a um monte de gente que debater os motivos que fazem persistir a violência contra a mulher não é coisa de esquerdista, de comunista; é coisa de ser humano.

Ainda temos que explicar que respeitar a mulher, como ser humano, como ser pensante, como gente; e não como um objeto ou um animal de estimação, não é doutrinação comunista, é simplesmente ser um homem de verdade.

Ainda temos que explicar que este debate é urgente e necessário. Explicar que se trata de uma questão que está para além da eterna guerra entre “Coxinhas” e “Petralhas”.
Realmente, sair da zona de conforto não é fácil; romper com valores seculares é complicado mesmo, sobretudo para quem sempre se beneficiou de toda a estrutura que mantém esses valores, ainda que de forma involuntária.

Mas é preciso.
A universidade não precisa apenas de matemáticos, engenheiros, advogados. Precisa de cabeças pensantes, para atuar em todas as graduações com capacidade mínima de entender as dinâmicas sociais do Brasil; capazes de dar sentido ao que se aprende nas salas de aula.

Tudo que a universidade não precisa é de gente fechada, rancorosa, avessa às mudanças, trancada em sua caixinha.
Tudo que a universidade precisa é de pessoas livres. Por isso, “Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre”. (Simone de Beauvoir).


(*) Chagas Filho

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

AUMENTO SALARIAL DOS POLÍTICOS DE SOUZEL... APROVADO EM 2016


Devemos olhar com preocupação o atual contexto político e econômico do Brasil e não podemos deixar de nos posicionarmos com preocupação sobre os rumos do país diante da atual política de expropriação dos direitos populares conquistados com tanta dificuldade pelos trabalhadores e trabalhadoras e pelo povo sofrido de nossa terra. Estamos vivendo atualmente, uma grande “crise econômica”, e como medida de controle o governo aprovou o limite de investimentos, congelando por 20 anos os INVESTIMENTOS em todos os serviços públicos incluindo setores fundamentais da vida humana: saúde e educação por meio da famosa PEC 241, atual PEC 55/2016.
Diante dessa tal crise econômica a população pobre, marginalizada que vive na periferia e dependente diretamente de programas do governo do país, fica prejudicada por esta medida que nada mais é do que um “decreto de morte” para a maior parte da população.
Em nosso município de Senador José Porfírio, vivemos uma situação parecida, já que faltam profissionais e profissionalismo na saúde, na educação e em outros setores, faltam projetos sociais e culturais que tirem das ruas crianças, adolescentes e jovens em vulnerabilidade; falta merenda nas escolas e medicamentos no hospital, falta material para a emissão de documentos, falta infraestrutura e saneamento, faltam espaços de lazer para família, e comunidade em geral, faltam espaços de formação profissional, cultural e inclusão digital e a desculpa para tudo isso é: NÃO TEM RECURSO PRA INVESTIR!!!
O Art. 10, inciso I  da Lei Orgânica do município diz que cabe aos vereadores “legislar sobre assunto de interesse local”,  ao contrário do que diz a lei, os interesses e as necessidades da população estão sendo deixados de lado para que sejam atendidos os interesses próprios de quem deveria nos representar, desta forma o PL 10/2016 que fixa o subsidio do Prefeito para R$19.000,00, Vice-Prefeito para R$13.300,00 e Secretários Municipais para R$6.500,00 e PR 11/2016 que fixa o subsidio dos Vereadores para R$7.000,00. Ambos os projetos aprovados no dia 13 de outubro de 2016 com unanimidade na Câmara contrariando o que diz o Art. 15 que diz que o aumento do legislativo deveria ser aprovado trinta dias antes das eleições.
Alguns vereadores não tem coragem nem de admitir sua posição diante dos projetos, violando o que diz o art. Art. 16 – os vereadores são invioláveis pelas suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
Diante disso, convocamos toda a população souzelense para se manifestar contra a arbitrariedade política de nossos representantes do legislativo que demonstram não estarem atendendo os interesses da população de Souzel, tendo em vista que faltam recursos nas diversas secretárias para o melhor desenvolvimento dos serviços e atendimento publico, é preciso dar um basta neste tipo de politica que está sendo feita a nível nacional que esquece e deixa de lado as necessidades e o direito do povo, iniciando uma nova era em que a população participará diretamente das decisões politicas e administrativas dos recursos públicos.
Estamos numa época de mudança que exige de nós uma ação que vise o bem estar coletivo e não mais o individual e familiar, precisamos ter em mente que se os setores sociais e secretarias municipais conseguirem desenvolver seus trabalhos e projetos em função do povo, certamente todos serão beneficiados apenas uns e outros.


Por todos que estão indignados com isto e com outras situações se façam presentes para que juntos possamos mostrar ao legislativo e executivo que a população está de olhos bem abertos e acordados, que demorou, mas que agora seremos fiscalizadores que estaremos observando como estão desenvolvendo as discussões sobre nossos interesses. Que antes de aumentar seus salários estes que deveriam representar os interesses do povo, cumpram seu papel e suas atribuições.

Gritamos: NENHUM DIREITO A MENOS! Não podemos coadunar com um governo que representa a si mesmo, que esquece quem os elegeu, que se impõe no poder como forma de se perpetuar e manter a população excluída das escolhas  que podem suas vidas.


Por Erick Machado

ATÉ ONDE VAI A IGNORÂNCIA DE UM POVO E OS INTERESSES DOS CANDIDATOS?


Para iniciar, eu perguntaria a todos os envolvidos de um lado e do outro, o que é politica e quais as atribuições do prefeito e vereadores? E isto não vale apenas para o município em que atualmente estou, mas vale para que todos os meus amigos percebam e reflitam. Certamente serão poucos os que conseguirão responder, inclusive, até mesmo muitos candidatos não sabem seus deveres e obrigações, o que se torna mais feio ainda, pois os eleitores não saberem é até compreensível diante da falta de formação política nas instituições sociais como família e escola, mas principalmente pela própria falta de interesse destes, que por acharem a política “suja” (e tenho que concordar com isso, pois não é mentira), acham que não tem mais jeito e que tanto faz como tanto fez o seu voto. Ou que basta alguém dá um presentinho para que no dia das eleições seja garantido o voto.

Povo, este direito de voto, de participação popular na escolha dos representantes e governantes foi suado e a gente o estraga por miseras migalhas que nos tiram o direito de cobrar durante quatro anos. Se acharmos que eles (candidatos) não prestam porque compram votos, eu digo quem não presta somos nós (eleitores) que aceitamos mesmo sabendo que é errado e que isso tira a possibilidade de reivindicação, o que é muito difícil de fazer aqui neste município, pois muitos se preocupam mais em manter seus cargos do que no bem estar social e coletivo.

De nada adianta essas brigas e intrigas nas redes sociais, tentando justificar que um é melhor que o outro, se referindo aos movimentos que fazem como maiores e com maior quantidade de pessoas, o que eu queria ver de verdade é este povo discutindo os planos de governo destes candidatos, mostrando quais são os melhores e quais podem garantir a melhoria dos direitos básicos da população nos municípios: saúde, educação, segurança, lazer, moradia, trabalho e etc. Se vacilar este povo nem sabe qual é o plano de governo de seus candidatos.

Minimamente são esses os direitos que temos, mas que neste pouco tempo que moro em Souzel e neste mais de meio século de emancipação do município, os governantes não conseguiram garantir para a população. Por quê? Só Deus sabe! Por que se cada um deles tivesse feito um pouquinho sequer já estaríamos bem mais desenvolvidos como município e como pessoas.

Dar voto às pessoas apenas por terem feito suas obrigações é besteira, é parte de suas funções desenvolverem minimamente o município e garantir minimamente a cidadania para o povo. Votar por favores pessoais da mesma forma, apesar de serem feitos que garantam a vida de amigos, parentes e etc. e outros favores pessoais de suma importância que muitas vezes salvam vidas, não podemos deixar de lado a realidade de um município e das outras milhares de vida que nele vive. Vejo e analiso da seguinte forma, se fossem investidos todos os recursos que viessem para suas devidas áreas, ou que nossos gestores conseguissem garantir a melhoria dos direitos básicos, certamente não seria necessário que a população fosse se humilhar nas portas de um e de outro pedindo ajuda porque no município, na região e no estado não existem locais públicos que possam garantir o atendimento sem a intervenção politica, como se fossem espaços privados onde basta uma ligação para uma ação.
Não povo, somos mais que isso e não devemos nos prender a favores que considero importante, mas que ao mesmo tempo refletem o descaso dos governantes e ai falo das várias esferas políticas, local, regional, estadual e nacional que nos esquecem em nossos municípios e localidades e nessa época de campanha lembram-se da gente por precisar da nossa participação, e não posso deixar de falar, essa participação que vai durar 4 anos. Se não for feita direito e não temos muita opção para isso, a não ser apostar em alguém, pois não é preciso nem fazer análise dos candidatos para saber que podem ou não “quebrar” mais ainda este município que já deveria pelo seu tamanho está bem desenvolvido.

Desta forma, digo vamos pensar, analisar, pesquisar as atribuições dos candidatos, conhecer planos de governo e os próprios candidatos, para que possamos criticamente decidir nosso voto. Precisamos perceber se realmente estes estão comprometidos com Senador José Porfírio ou se apenas estão para atender os interesses de dirigentes do partido e da coligação, pois tenham certeza que cargos já foram divididos. Tenham certeza que dessa pizza sobrou para a população apenas as azeitonas, as migalhas da massa, e os milhos e ervilhas que ficam na embalagem. Espero muito que eu esteja enganado, espero que tudo que direciona a negatividade política seja mentira minha e que a população sim, saiba o que é politica e quais as funções de prefeito e seu vice e dos vereadores, que a população esteja discutindo os planos de governo pensando na melhoria da cidade e não pensando no bem individual ou familiar.

Mas o que espero mesmo é que este município se desenvolva, que independente de quem ganhe que este faça o melhor pelo coletivo independente de ter apoiado ou não, e que ponha pessoas capacitadas para exercer as funções públicas de grande importância e que de preferência que sejam pessoas comprometidas e preocupadas e melhorar e não apenas para “mamar” e que de preferência que alguns cargos pudessem ser ocupados apenas por eleições para que seus ocupantes não ficassem presos sem autonomia de poder cobrar devidos seus cargos comissionados.

Que sejam garantidos os direitos básicos à população e principalmente pensados políticas para a juventude, para o desenvolvimento sustentável da zona rural em especial distrito da Ressaca distante e esquecido, e principalmente políticas que desenvolvam o município e garantam a possibilidade de permanência a seus moradores que a cada dia vão indo embora devido à falta de oportunidade e não possibilidade de sustentabilidade individual ou familiar.

Erick Machado

terça-feira, 21 de julho de 2015

Pai e Filho...

Quando olho para trás vejo um caminho tortuoso e cheio de falhas, justamente pelas lembranças que infelizmente em algumas fases da vida não são possíveis serem relembradas ou que não existiram pela ausência de um pai que não pode está perto devido Deus ter outros planos para ele. No entanto, quando fecho os olhos e concentro minha atenção naquilo que vivi e não recordo, consigo de alguma forma criar imagens e dar sentido a pessoa que eu sou e que foi formada pelos vários momentos que estão no inconsciente mas que de alguma forma podem ser sentido.


Hoje, é de se imaginar que os filhos possam está passando por esta fase que futuramente não fará sentido e se tornara para eles um caminho tortuoso e cheio de falhas de lembranças não recordadas conscientemente. De que forma então fazer com que essas lembranças sejam vividas em um momento futuro destes pequenos que vivem a vida como uma aventura diária sem compreender a diversidade de informação que aparece todos os dias à sua frente durante seus momentos aventura.


Como pai aprendo a cada dia que este processo de maturação do filho é a fonte de sustentabilidade de seu mundo imaginário de coisas que eu jamais poderei compreender sendo adulto. Que é necessário deixar a criança interior tomar de conta do seu corpo e ir experimentar uma vez mais a melhor das fases da vida: a infância. Viver e não ter vergonha de ser tachado de moleque, infantil, ou que não mudou nada e continua sendo o mesmo crianção de sempre, que brinca, sorrir, se diverte e faz seu filho o ver como pai, herói, amigo em quem possa confiar.


Pais e filhos precisam antes de tudo de uma relação de respeito em que ambos compreendam que respeito não é medo, e que o medo não deve existir na relação dos dois. Deve-se saber que o amor é verdadeiro e as vezes será necessário corrigir para não deixar passar. Para o pai a paciência e o bom senso para saber como corrigir e para o filho a compreensão para entender a necessidade da correção.



Quando assim conseguirmos viver e assim aos poucos, passo a passo formos apresentado os valores sociais e morais realmente precisos, conseguiremos também mudar nosso ambiente familiar e logo termos uma família reflexo da família sagrada.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ÚLTIMO POST - "Poema de um Grande Amigo"


Termino meu último poema, mais uma vez é para ela. Coloco-o contra a luz que entra pela janela. Lá fora vejo muitos iguais a ela. É onde entra meu desespero, como vou conseguir fugir, escapar dessa decisão que me cega? Lembro que há alguns dias eu já venho preparando minha partida, pra longe desse mundo, a procura de um lugar, onde possa me encontrar. 
Permaneço nos mesmos erros, encontro sempre os mesmos, choro como sempre.Com uma síndrome de Cireneu eu sigo carregando não só a minha, como também a cruz dos outros. Meu fardo pesa.

Resolvo parar de escrever, meus dedos já doem. Já não quero ser mais visto, quero viver de encontros casuais, que não pretendo me esforçar para acontecer. Vou arrumar minha mala, levarei comigo pouca coisa. 

Escova de dentes, um sabonete, três camisas, uma calça jeans e tênis. Vou a pé mesmo, não estou com muita pressa pra chegar aonde estou indo.

Meus cadernos ficarão para trás, junto com um monte de livros. Deixarei pra trás também meu coração, que um dia dei para ela e por vergonha não irei pedi-lo de volta. Digo adeus para o nada, como sempre estou sozinho, trancado num quarto onde tudo está jogado. Me despeço das paredes que por muito tempo foram meus ouvintes.

Aplaudiram quando cantei, choraram quando recitei e me abraçaram quando precisei. Logo elas, pálidas e sem vida.

É uma despedida não muito feliz, como se fosse a morte do coadjuvante no final do filme. É como um BBB a cada nova edição. É como dia de ontem que já passou.

Eu fui, não sabia que o final seria assim. Sempre fui otimista em relação ao fim, a Disney me alienou por anos. O Chaves também.Tchau.Rafael Vaz

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Passos para um futuro

Um território desconhecido e inimigo de certa forma é o nosso campo de opções e decisões. Marcados como se fossemos seres seriados, crescemos com uma sina consumista sobre nossas costas. Cegos, não percebemos que muitas dessas nossas decisões e ações são as responsáveis pelo desequilíbrio ambiental que consequentemente provoca tantos desastres.

Se pararmos para pensar, poderíamos nos perguntar se realmente os desastres podem e devem ser considerados naturais, visto que são consequências provocadas pela ignorância, ambição e egoísmo humano. No dia a dia é possível notar nas ruas, que a sociedade está perdendo o interesse por assuntos e questões importantes, como por exemplo, o meio em que vivemos e dando mais atenção e importância ao artificial, ou melhor, uma “realidade” que mente e nos faz imaginar vivermos e sermos mais importantes.

O “ter” virou sinônimo de poder, de status e a maioria da sociedade corre em busca de conquistá-los, sem se importar com o que pode ou não acontecer ou pensando que sua ação não vai fazer muita diferença. Esquecemo-nos de que a nossa ação não é única e que conjuntamente pode vir a ser uma “bola de neve” destrutora.

Quanto mais olho para nós seres humanos, mais compreendo que as diferenças físicas e externas são simples detalhes despercebidos quando comparados com nossas vontades e desejos. O egoísmo beira a nossa pele, não somos solidários a ponto de plantarmos e cultivarmos uma planta, darmos carona, ir a pé a algum lugar ou andar de bicicleta, fecharmos a torneira durante a higiene, conservar, reciclar, reutilizar. Ao consumirmos exageradamente deixamos de lado fatores importantes para a manutenção da vida, produzimos mais lixos do que o necessário. Usamos demasiadamente os recursos naturais esgotáveis sem reciclarmos, assim trilhamos para um precipício onde o fim é inevitável.

Nos importamos tanto com o que queremos a curto prazo que esquecemos o que podemos perder a longo prazo e que futuras gerações podem não ter a oportunidade de ver o que hoje ainda temos.


O consumir hoje é o reflexo da probabilidade de existir um amanhã, para que seja possível a um filho, neto, bisneto e assim por diante sentir esse mesmo ar não tão puro no futuro. Temos outras escolhas além das que nos trazem plena satisfação e é preciso refletir sobre elas de forma que haja uma conscientização da necessidade que é preservar, cuidar e respeitar nosso lar e sua integridade. A sociedade racional humana carece de recursos naturais, mas precisa compreender que muitos desses recursos irão se esgotar e já estão se esgotando. Desde já é preciso pensar novas políticas de produção de mercadorias que sejam duráveis ao invés de produtos cada vez mais descartáveis onde a cada dia é lançado um novo onde o que muda é apenas o modelo.

Enquanto enriquecemos o sistema consumista, enfraquecemos nossa qualidade de vida e cavamos um buraco para nossa existência. Somos frágeis e ainda não percebemos, o que ainda dá esperança é saber que a consciência de um é internalizada e vivida por outros e quando isto ocorre nossas vidas são prolongadas por mais alguns dias, meses e anos.

Portanto, o simples ato de evitar jogar a casca de balinha no chão, reciclar a latinha e a garrafa pet, plantar uma arvore e andar a pé já faz a diferença, e essa diferença deve ser conduzida com destreza todos os dias por cada um de nós independente de onde vivemos, pois só assim teremos a garantia de um futuro.



Por Erick Machado.